GALPÃO CINE HORTO: UM HUMANISTA POR ACASO ESCRITOR
Foi a primeira vez que visitei o Galpão Cine Horto e o momento foi marcado pela oportunidade de assistir a um documentário sobre José Saramago intitulado Um humanista por acaso escritor, de Leandro Lopes. No site do Galpão, o anúncio de divulgação sobre a obra alertava:
É um filme-homenagem que busca olhar o mundo pelas lentes desassossegadas do escritor português José Saramago. O documentário revive, por meio de entrevistas, o redemoinho de sensações, palavras e lembranças deixadas em quem o sentiu por perto, como sua esposa, neta, amigos, críticos e escritores.
A homenagem era precisa, haja vista que ontem, há exatos cinco anos, Saramago com 87 anos partia deixando um legado de obras como O ensaio sobre a cegueira, Memorial do Convento, As intermitências da morte, Caim, entre outros.
O evento foi muito bem organizado, envolvendo sarau (com leituras de trechos de Saramago e declamação de poesias de outros autores), coffee break (os presentes ganharam de brinde uma canequinha contendo o nome do filme) e exibição do filme em duas sessões. O espaço físico da sala comportava apenas 80 pessoas de cada vez e havia muita gente!
O diretor do filme Leandro Lopes antes da exibição contou um pouco dos antecedentes de criação e aproveitou para agradecer a todos que contribuíram para a execução do trabalho. Muito simpático, ao longo de todo o evento usou uma armação de óculos fictícia, aos moldes dos óculos que Saramago usava (uma expressiva homenagem ao escritor e ao desfecho de seu filme).
Observei que o documentário focalizou vários espaços de bibliotecas que serviram de cenários para gravação de depoimentos, de familiares e amigos que apontaram sua visão sobre o ser humano e o autor José Saramago, bem como sua contribuição para a literatura mundial.
Li apenas três livros de Saramago: O ensaio sobre a cegueira, Caim e A maior flor do mundo, livro infantil, cheio de ternura. O certo é que por esses livros gosto do autor e agora pelo documentário Um humanista por acaso escritor, admiro mais ainda.
Fotos: Soraia Magalhães
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