BIBLIOTECAS PARQUE DO RIO DE JANEIRO: FECHANDO AS PORTAS
Anúncio publicado no Facebook sobre a situação das Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro |
É com pesar que escrevo esse post. Mas é também com o objetivo de instigar a retomada das lutas em prol das Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro e contribuir com os colegas que estão a frente do Movimento Abre Biblioteca Rio.
Eu optei por colocar em destaque o comunicado (imagem acima) do fechamento das Bibliotecas deixado no Facebook e confesso que ao ler as matérias publicadas ontem sobre o problema, particularmente não acreditei que aconteceria, mas pelo visto é real e absurdamente GRAVE!
Que vergonha para a "Cidade Maravilhosa", que vergonha para o Brasil que fecha bibliotecas por que tem péssimos administradores públicos e uma corrupção tremenda.
Eu optei por colocar em destaque o comunicado (imagem acima) do fechamento das Bibliotecas deixado no Facebook e confesso que ao ler as matérias publicadas ontem sobre o problema, particularmente não acreditei que aconteceria, mas pelo visto é real e absurdamente GRAVE!
Que vergonha para a "Cidade Maravilhosa", que vergonha para o Brasil que fecha bibliotecas por que tem péssimos administradores públicos e uma corrupção tremenda.
Biblioteca Parque de Manguinhos |
O Rio de Janeiro era um dos poucos estados do Brasil que seguia caminhando de forma atuante em termos de investimentos voltados para bibliotecas públicas, haja vista ter incrementado e implantado nos últimos anos, quatro bibliotecas com grandes potencialidades para responder as demandas atuais.
As Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro, foram criadas com inspiração nas experiências das Bibliotecas Parque da Colômbia, modelo que tem sido considerado exitoso no tocante ao desenvolvimento sócio-cultural das comunidades atendidas.
Biblioteca Pública Estadual de Niterói |
Acabo de ler um belo comentário disseminado nas redes sociais pela colega Teresa Silva, extraída do blog Histórias Brasileiras aonde o autor Luiz Antonio Simas reflete com lirismo sobre os problemas no Brasil, traçando um paralelo entre o ambiental e cultural, aproveito para também compartilhar aqui:
As bibliotecas-parque, além de tudo, também rompiam com a dicotomia entre o sagrado (o livro) e o profano (a leitora e o leitor). Meu filho pegava um livro para folhear com a naturalidade com que eu abraçava Mariana, a Bela Turca, em um terreiro. A interação se estabelece pelo tato, pelo toque, pelo corpo que dança e pelo corpo que lê e brinca. O rio e as bibliotecas são vítimas do desencantamento do mundo. Da mineradora que desencanta os metais de Ogum em armas de morte e do Estado que desencanta as bibliotecas em reengenharias financeiras ditadas pela mesma lógica empresarial, a do capital acumulativo deificado, que matou o rio e desanima (tira a alma) a cidade, o estado e o país.
Biblioteca Parque Estadual do Rio de Janeiro |
Eu tive a oportunidade de conhecer três Bibliotecas que agora sofrem com a falta de critérios rígidos voltados para a garantia desse segmento cultural do país. As imagens aqui contidas são reflexos desses momentos quando comentei com grande admiração o trabalho realizado na Biblioteca Pública de Niterói, que na época era coordenado pela colega Glória Blauth, bem como a percepção das oportunidade pouco vistas em outras bibliotecas brasileiras e identificadas nas Biblioteca Parque de Manguinhos e Biblioteca Pública Estadual do Rio de Janeiro.
Vários colegas estão dispostos a lutar pelas Bibliotecas Parque e pelas melhorias das condições de trabalho de profissionais da informação, mas principalmente pelo direito do cidadão a informação e a cultura nos espaços de bibliotecas. Participe, ajude a fortalecer essa causa. No dia 28 de novembro acontecerá uma reunião aberta e ato do Movimento Abre Biblioteca Rio.
Fotos: Soraia Magalhães
* (a última imagem é de autoria dos colegas do Movimento Abre Biblioteca Rio)
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