CASA - MUSEU MAGDALENA E GIBERTO FREYRE - RECIFE


Estando por alguns dias em Recife, tive o desejo de conhecer a Casa - Museu Magdalena e Gilberto Freyre, incrível casarão aonde o sociólogo Gilberto Freire, autor de  "Casa Grande e Senzala" viveu por cerca de 40 anos com sua família.


A residência,  instalada no bairro de Apipucos (aonde existem outros belíssimos casarões) é cercada por ampla  e arborizada área. O caminho que se percorre à pé, em meio a árvores e gatos, nos leva ao encontro com as escadarias que dão acesso a edificação aonde hoje funciona a Fundação Gilberto Freyre.


O nome da casa está contido em grande placa entalhada em madeira (veja a foto que abre esse post). Ainda no jardim, pode-se perceber que Freyre viveu com muito conforto e abastança em sua casa cor de salmão. 


As imagens desse post são apenas da área externa. É que durante estada no ambiente, soube que não era possível a realização de fotos no interior da casa. Tentei explicar que sempre que visito espaços, tenho por objetivo fotografar para apresentar neste blog e assim contribuir disseminando informações sobre a cultura de diferentes cidades. Mas não foi possível!

O certo é que optei por não visitar a casa em sinal de protesto, pois tendo apresentado minhas justificativas, me chateou o fato de ter dado o cartão do blog Caçadores de Bibliotecas para a senhora que nos  atendeu e ela gentilmente tentou interceder levando-o para dentro da casa... mas alguém lá, não viu importância e ela voltou dizendo que não era possível! 


Foi chato, pois havia visto enquanto aguardávamos do lado de fora, informações impressas sobre a Casa e claro, havia percebido que alguns conseguem fotografar o ambiente, como a prestimosa  Revista Casa Vogue que apresenta em uma reportagem, lindas imagens, do seu artigo aproveitei a informação para apresentar que a casa foi:  
Construída em meados do século 18, a edificação foi comprada por Freyre em 1939, um ano antes de ele se casar com a paraibana Magdalena. Juntos, viveram lá até a morte dele. Dois anos antes, em 1985, a pedido do sociólogo, a casa foi transformada em fundação e reúne todo o seu acervo intelectual e pessoal, incluindo livros, objetos pessoais, retratos, obras de arte e móveis originais.
Apesar dos contratempos deu pra ver algo. A Casa é realmente bela e cheia de livros e há um espaço aonde se concentra a biblioteca, lugar que eu sentia muito desejo de mostrar aqui, mas a burocracia não permitiu. Vi brevemente... de relance.


A casa possui muitos móveis, quadros, livros e um mundo de pequenos e grandes objetos que criam a impressão de que alguém ainda habita o ambiente. 

No espaço da biblioteca uma das curiosidades é a presença de um boneco sentado com as pernas bastante a vontade em uma poltrona representando o escritor.


Uma das peculiaridades da casa de Gilberto Freire é uma certa ligação com o sobrenatural. Soube que há quem acredite que algumas casas de Recife são mal assombradas e ela está entre uma dessas, inclusive por isso são organizadas visitas noturnas monitoradas nesse ambiente.


Fiz essa visita com a querida amiga Daiane Rebelo (na foto acima) que me levou, acompanhou e aproveitou comigo a beleza da área externa e com quem compartilhei a ideia de que a Casa Grande não permitiu a senzala fotografar. Ao deixarmos esse espaço visitamos a Fundação Joaquim Nabuco, que fica ao lado e aonde fomos muito bem tratadas!

Veja outros museus casa que visitei em outras cidades:


Fotos: Soraia Magalhães

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