INSTITUTO RICARDO BRENNAND - RECIFE


O Instituto Ricardo Brennand - (IRB), localizado em Recife, Pernambuco pode ser definido como uma instituição cultural que abriga um dos mais belos museus do mundo. Nos últimos dois anos, vem ocupando posições nas listas dos mais notáveis, tendo sido eleito pelo segundo ano, o melhor espaço museológico da América do Sul. 

Minha empolgação ao visitar os recantos do IRB era como de criança, pois sentia a sensação de estar entrando em um livro de contos de fadas, aonde castelos e reinos se ofereciam como passagens para aventuras. Encantada registrei o percorrido também em vídeo, clique abaixo!


O lugar impressiona por todo o complexo arquitetônico, suas edificações palacianas, parques e lagos, acervos fabulosos, pinacoteca, igreja e uma biblioteca!


Inaugurado em 2002, o Instituto foi idealizado pelo colecionador e empresário Ricardo Brennand que optou por disponibilizar todo o seu tesouro aos interessados por conhecer objetos de arte, história, arquitetura e muito mais. Tudo reunido em um espaço especialmente criado para esse fim. 


Com base em informações obtidas no site da Instituição
O Instituto Ricardo Brennand está em cartaz com as mostras "Frans Post e o Brasil Holandês", "O Julgamento de Fouquet" e "Paisagens Brasileiras do Século XIX", na Pinacoteca. O Museu Castelo São João também encontra-se aberto à visitação com um rico acervo de armas brancas.
Minha passagem pelo Museu aconteceu com o propósito de participar do Bibliocamp, o que se convencionou chamar de desconferência bibliotecária, atividade iniciada as 9 horas da manhã, que se estendeu até as 15 horas, por isso tivemos pouco tempo para apreciar tudo. Mas confesso, corremos tentando desfrutar o que era possível.   


Deixo em imagens alguns dos espaços que mais me tocaram, como por exemplo a beleza dos corredores, suas esculturas e os jardins que creio, são ambientes para apreciar com calma, por isso uma visita bem planejada pode trazer muitos ganhos pela riqueza dos detalhes...


Todas as salas do Instituto apresentavam objetos primorosos, contudo uma das que mais me impressionou foi a Sala das Figuras de Cera (o Julgamento de Nicolas Fouquet), aonde estão reunidas 45 figuras construídas em tamanho natural, que reproduzem o período do reinado de Luis XIV e seu ministro de finanças, julgado sob acusação de corrupção na França, em 1653. 


A história desse julgamento envolve a vaidade de um rei egocêntrico e um homem que com suas habilidades para os negócios fomentou seus infortúnios. Há semelhanças com os jogos de poder na atual conjuntura do Brasil... 

As feições dos personagens presentes na sala são fortes e deixam marcas...vale a pena pesquisar e ler sobre o tema! 


O Instituto possui coleções permanentes que nos levam a diferentes tempos na história, o acervo é formado por peças que vão desde a Alta Idade Média ao século 20. 

O acervo de armas brancas também é algo de tirar o fôlego. Mas as esculturas, especialmente as românticas foram as que mais apreciei. 


As obras de arte estão por todas as partes, no mobiliário, nas portas, nas passagens de níveis. O espaço reúne muito sobre o Brasil colonial e o Brasil Holandês. Além disso, o Instituto se orgulha de possuir uma das mais modernas pinacotecas do Brasil.


Para meu trabalho com o Caçadores de Bibliotecas foi excelente ter conhecido além dos espaços museológicos, a bela biblioteca do IRB que visitei com antecedência e por isso pude desfrutar de uma "aula conversa" com Aruza Holanda, Bibliotecária que me apresentou o trabalho realizado com dedicação, em espaço que reúne mais de 20 000 itens, formado por livros, periódicos, discos, partituras e mais. Sobre esse espaço farei um post a parte!


Sobre o complexo arquitetônico do IRB, uma das informações mais completas online, encontrei no Wikipedia aonde destaca que:
O Instituto Ricardo Brennand está sediado em um complexo de edifícios, inspirado no estilo Tudor, com área construída de 77 000 metros quadrados. É uma construção contemporânea, combinada com alguns elementos decorativos originais, tais como uma ponte levadiça, relevos de brasões e um altar em estilo gótico. O complexo engloba o Museu de Armaria, a bilioteca, a pinacoteca, um auditório com capacidade para 120 pessoas, áreas de serviço para os visitantes, reserva técnica e espaços técnico-administrativos. Cercando o complexo, há um vasto parque com uma área de 18.000 hectares , dotado de lagos artificiais e esculturas em grande escala, tais como uma fundição recente de O Pensador de Auguste Rodin, uma cópia do David de Michelangelo, A Dama e o Cavalo de Fernando Botero e outras peças de Sonia Ebling e Leopoldo Martins, entre outros.
É impressionante observar que esse lugar nasceu em 2002...tem apenas quatorze anos e nasceu do sonho de um colecionador que pensou compartilhar suas preciosidades. Tiro o chapéu para a ousadia em reunir neste espaço tanta beleza e conhecimento. 


O Instituto Ricardo Brennand é um dos museus mais incríveis que conheci (eu tenho visitado muitos, só aqui no Caçadores de Bibliotecas apresentei quase uma centena). Um dia espero voltar pois creio que é um lugar pra ser visto e apreciado sempre!

OBS: Instituto Ricardo Brennand funciona de terça a domingo, das 13h às 17h. A última terça-feira de cada mês o acesso é gratuito para todos.

Fotos: Soraia Magalhães

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