BIBLIOTECA NACIONAL DA ESPANHA - MADRID


Madrid é uma cidade cheia de encantos, seja por suas paisagens, parques, ruas e cores, bem como pela riqueza arquitetônica carregada de histórias. Especificamente nesse caso com destaque para sua Biblioteca Nacional, considerada uma das melhores da Europa.


Que edifício imponente! Creio que para qualquer visitante pode ser um espaço surpreendente e por isso mesmo é quase que necessária como introdução, demorada contemplação em sua fachada, não apenas pelo destaque do frontão e estátuas, mas por todo o conjunto. 


Sobre suas origens, o site oficial da Biblioteca Nacional da Espanha destaca que:
Fue fundada por Felipe V a finales de 1711 y abrió sus puertas en marzo de 1712 como Real Biblioteca Pública. Por un privilegio real, precedente del actual depósito legal, los impresores debían depositar un ejemplar de los libros impresos en España. En 1836, la Biblioteca dejó de ser propiedad de la corona y pasó a depender del Ministerio de la Gobernación, y recibió por primera vez el nombre de Biblioteca Nacional.
Como já apontado, foi inicialmente chamada de Real Biblioteca Pública e somente em 1836 recebeu a denominação de Biblioteca Nacional da Espanha.


O Salão Geral de Leitura é belo e amplo. Foi neste espaço que vi maior concentração de usuários. Chama bastante a atenção a mesa em madeira posicionada no centro do ambiente. 


A iluminação dos espaços em vários casos são realizadas por claraboias e bonitas luminárias. Cada ambiente possui elementos personalizados que se destacam, seja por conta da própria estrutura arquitetônica ou pelos mobiliários e acervos. 


Os fundos bibliográficos da Biblioteca Nacional da Espanha são formados por mais de 30 milhões de itens distribuídos entre livros, manuscritos, incunábulos, mapas, periódicos, documentos oficiais, fotografias, materiais em audiovisuais e muitas raridades. 


Como não poderia deixar de ser, o ambiente interno é labiríntico e eu tive a oportunidade de conhecer toda essa beleza por meio de visita especializada com explicações da Bibliotecária Teresa Rodríguez González, Chefe de Área e Coordenação de Projetos que contou sobre os espaços e os processos de trabalho que envolvem as atividades da Biblioteca Nacional. 

Um elemento muito especial: há na Biblioteca Nacional da Espanha uma Sala de Documentação Bibliotecária (com publicações específicas da área) e uma sala de Informação Bibliográfica onde se tem acesso aos catálogos e as bibliografias da Instituição. 


A grande maioria dos usuários utiliza o Salão Geral de Leitura, contudo outras salas concentram acervos mais específicos. Para ter acesso a alguns serviços se faz necessário ser cadastrado como pesquisador, que com seu cartão de identificação pode consultar os fundos mais antigos e raros. 


É na Sala Cervantes aonde estão reunidas as maiores raridades como por exemplo, volumes de obras de Don Quixote e tantos manuscritos e obras antigas.


Em tons de cinzas, essa é a Sala de Prensa y Revistas aonde estão reunidos acervos formados por publicações periódicas. Atende a duas finalidades disponibilizar acesso aos fundos digitalizados e de publicações impressas.


Os espaços na Biblioteca Nacional da Espanha se apresentam muito bem cuidados. Pode-se dizer que é uma Biblioteca com um forte caráter público e que prima pela qualidade nos serviços oferecidos. 


As áreas interiores do edifício, oferecem muito dos elementos de ambientação museológica, contudo há um espaço reservado especialmente para essa finalidade que apresenta em suas amostras muito da trajetória da Instituição e sua relação com a preservação e disseminação da produção bibliográfica do país.  Veja o post com informações sobre o Museu de Biblioteca Nacional da Espanha!


Mais uma curiosidade observada! A presença de muitos quadros com figuras de escritores. Trata-se dos ganhadores do Prêmio Cervantes. Não pude deixar de fazer o registro de um dos meus favoritos: Mário Vargas Llosa.


O trabalho no Caçadores de Bibliotecas tem me proporcionado acesso a espaços que creio, muitos amantes de livros adorariam conhecer. Sobre essa experiência devo dizer que a Biblioteca Nacional de Espanha está entre as grandes pérolas que conheci nos cinco anos de atividades escrevendo neste blog.

Encerro essas linhas agradecendo à Teresa Rodríguez González pela disponibilidade, atenção e simpatia com que nos recebeu, bem como aproveito para parabenizar a toda a equipe da Biblioteca Nacional de Espanha pelo excelente trabalho.


Fotos: Soraia Magalhães e Peter Janzon

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