CAROLINA REDIVIVA - UPPSALA - SUÉCIA
Chama-se Carolina Rediviva, o edifício principal da maior Biblioteca Universitária da Suécia, na cidade de Uppsala. Sua construção, iniciada em 1820 e concluída em 1841, ao longo dos tempos vem recebendo novas adequações e ampliações.
Em novembro de 2015, tive o grande privilégio de conhecer esse espaço que possui a integração do antigo com o novo. Com um acervo fabuloso, preserva uma das mais bonitas salas de bibliotecas históricas da Suécia.
A Biblioteca recebe o nome Carolina Rediviva como forma de preservação da memória, uma referência a Academia Carolina, como se chamou o antigo edifício da Universidade, demolido em 1778.
As origens da Universidade de Uppsala datam de 1477, sendo por isso considerada a mais antiga dos países escandinavos. A Universidade em seus primeiros tempos não possuía uma biblioteca.
Somente em 1620, foi fundada a Biblioteca da Universidade pelo Rei Gustavo II Adolf. O acervo inicial era composto por doações oriundas do próprio rei e de restos das bibliotecas monásticas medievais, bem como confiscos de algumas bibliotecas privadas.
O edifício da Biblioteca possui uma estrutura grandiosa que absorve volume documental formado por:
....cerca de 5,25 milhões de volumes de livros e periódicos (131.293 metros lineares de prateleira), 61.959 manuscritos, 7.133 músicas digitais, e 345.734 mapas e outros documentos gráficos. A colecção de manuscritos inclui, entre outros, o manuscrito gótico da Bíblia Codex Argenteus.
Quanto aos salões de leitura são amplos com distribuição de mesas e cadeiras para receber muitos usuários, com opção para estudos individuais e ou em grupos.
Há áreas muito modernas e absolutamente confortáveis. Alguns espaços reservados com sofás de espaldar alto que criam boas condições de descanso e privacidade.
A Biblioteca é um grande labirinto e por entre corredores formados por estantes pintadas de branco se pode perceber a existência de muitas coleções antigas.
O percorrido à Carolina Rediviva ocorreu por meio de uma visita, organizada por Görel Tunerlöv, que atua na área administrativa da Universidade de Uppsala, foi ela que nos favoreceu o contato com o bibliotecário Krister Östlund que nos atendem com a maior simpatia guiando pelos fascinantes espaços da Biblioteca e contando sobre suas curiosidades.
Havíamos caminhado por bonitos salões de leitura, aonde vimos muitos estudantes utilizando os espaços conforme se pode observar nas imagens acima, contudo o grande impacto aconteceu quando chegamos a uma pequena sala toda forrada até o teto.
O lugar é chamado de Linnérummet (Sala Linnaeus). A sala tem estatura baixa e o forro chama bastante a atenção por se assemelhar com um tipo de papel que recobre encadernações de livros. Nas estantes, outras muitas encadernações de obras antigas!
Mas o melhor estava por vir. A sala mais bonita, chamada de Boksalen (Sala de livros), com seus lustres e grandes estantes brancas padronizadas que recontam o glamour de tempos passados.
É como uma sala museu, aonde os livros, os adornos e mobiliários criam uma visão harmônica do que deve ter sido uma das salas de leitura da Biblioteca Carolina Rediviva.
Em termos arquitetônicos, o ambiente se projeta a partir de uma sala que se une em um mezanino por meio de estreitos corredores, guarda corpos e estantes.
Dentre as raridades estão contidos ali globos terrestres antigos que apresentam dados sobre a divisão do mundo como se conhecia em tempos passados.
E depois de sair da antiga sala que nos deixou com grande gosto pela história bibliófila da Suécia, visitamos outras áreas aonde estão contidos depósitos com acervos, bem como ambientes para estudos. Carolina Rediviva possui atributos que lhe fazem parecer uma biblioteca nacional...
Considero a visita à Biblioteca Carolina Rediviva da Universidade de Uppsala uma das pérolas que adicionei a esse trabalho. Consta em minha lista pessoal como uma das mais belas bibliotecas que meus olhos já viram!
Não posso deixar de referendar o esforço que meu querido Peter Janzon empreendeu para que pudêssemos usufruir de um dia na Universidade de Uppsala, experiência que favoreceu inclusive assistir a uma aula para alunos do Curso de Biblioteconomia da Universidade.
Agradeço a atenção de todos, especialmente de Görel Tunerlöv e Krister Östlund!!
Fotos: Soraia Magalhães e Peter Janzon
Outras fontes pesquisadas: Wikipedia
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