BIBLIOTECA POPULAR DE AFOGADOS - RECIFE
Em maio de 2016, conheci a Biblioteca Popular de Afogados, no Recife e descobri um espaço agradável que tendo passado por um processo de revitalização, trouxe nova proposta de integração do ambiente com a comunidade de seu entorno.
O espaço e os serviços da Biblioteca Popular de Afogados estão subordinados a Prefeitura do Recife e passou a integrar a Rede de Bibliotecas pela Paz, projeto inspirado em ações realizadas na Colômbia, que entre outras coisas objetiva criar oportunidades aos cidadãos por meio de equipamentos culturais e ações de cidadania.
No tocante as mudanças físicas da biblioteca, conforme informações coletadas no site da Secretaria de Segurança Urbana:
A reforma contemplou recuperação estrutural geral do patrimônio, substituição de toda a coberta, incluindo madeiramento e gramado na área externa, além de utilização de telhas termoacústicas, mais apropriadas ao uso do edifício. Além disso, houve climatização, com a instalação de 15 aparelhos de ar-condicionado do tipo split. Também teve recuperação do edifício com mudança de layout, instalação de novos sanitários (público e de funcionários), instalação de copa e refeitório, substituição do piso do bloco principal e pintura geral.
A Biblioteca agora possui dois edifícios, sendo um voltado para as práticas de leitura e estudos e o outro (anexo), com auditório, que dispõe de 62 lugares, espaços administrativos e banheiros.
A trajetória de vida da Biblioteca Popular de Afogados é longa, sua inauguração aconteceu em 12 de janeiro de 1955 e de lá pra cá, testemunhou bons momentos, mas também dificuldades por falta de manutenção e investimentos, situação quase comum às bibliotecas públicas brasileiras.
Para a revitalização do espaço, o investimento adotado entre 2015/2016 chegou ao montante de R$ 1,5 milhão.
Pelas imagens se pode constatar que o espaço ficou bonito! A adoção de mobiliários Biccateca, em especial, as estantes, trouxeram leveza, cor e harmonia para o ambiente!
Visitei a biblioteca no horário da manhã, no dia 12 de maio de 2016, por volta das 11:30. Não haviam muitas pessoas, mas soube que aos poucos os usuários estão voltando a redescobrir o lugar que agora se mostra atraente e disponível para a socialização de fazeres.
Quanto ao acervo, de acordo com informações obtidas no site do Instituto Ladjane Bandeira:
A Biblioteca Popular de Afogados conta com um acervo de aproximadamente, 14.000 volumes; uma freqüência aproximada de 30.000 usuários/ano, 25.000 consultas, 7.000 empréstimos domiciliares, destes, em torno de 48% são livros de literatura. Seu público originário de toda a Região Metropolitana do Recife é diverso, porém formado em sua maioria por educadores, estudantes do ensino fundamental e médio, proveniente de escolas públicas, de baixa renda. Seu acervo abrange várias áreas do conhecimento, incluindo entre outros, livros didáticos, técnicos, universitários, crônicas, biografias, literatura brasileira e clássicos da literatura universal, assinaturas de jornais locais, e revistas.
Foram adquiridos livros para atender ao interesse do público juvenil, com títulos em destaques nas grandes livrarias. Muito bom poder flagrar esse momento (imagem abaixo) aonde duas jovens buscavam descobrir o acervo no ambiente da biblioteca.
As propostas de dinamização da biblioteca, de acordo com a Bibliotecária Tereza Marinho, gestora do espaço e que também responde como gerente da Rede de Bibliotecas pela Paz, são muitas. Aliás, uma grande pena não ter podido conhecer a biblioteca da Compaz instalada no Alto de Santa Terezinha, aonde atua Ana Carolina Sobral, bibliotecária muito animada e que realiza também belo trabalho com ações na Praça do Sebo, em Recife.
Sobre os serviços, Tereza Marinho me contou sobre os projetos, que envolvem não apenas a Biblioteca de Afogados, mas os demais empreendimentos da Rede, que vão além do acervo local e o empréstimo de livros, por isso são pensadas ações de entretenimento, exposições, cursos, contação de histórias e outras ideias visando favorecer o acesso à cultura para públicos em suas diferentes faixas-etárias.
Fui muito bem recebida na Biblioteca Popular de Afogados, deixo aqui expresso agradecimento não apenas a simpática colega Tereza Marinho, mas aos demais funcionários que nos receberam com atenção e cordialidade. Aproveito também para agradecer a amiga Elizabeth da Silva que me levou para conhecer esse e outros espaços culturais de Olinda e Recife.
Encerro esse post apontando porém um dado negativo. É que a Biblioteca funciona de segunda à sexta-feira, das 08:00 às 17:00, horário que se adéqua ao funcionalismo público convencional e não atende, de forma ampla às necessidades de trabalhadores e estudantes. Mas soube que existe possibilidades de que o horário venha a ser ampliado e o espaço, aberto nos finais de semana.
Esse post foi inspirada em uma conversa com a amiga Ana Carolina Silva, Bibliotecária que atua no Recife, no Lubienska Centro Educacional. Dedico para ela e seus pequenos usuários essas linhas.
Esse post foi inspirada em uma conversa com a amiga Ana Carolina Silva, Bibliotecária que atua no Recife, no Lubienska Centro Educacional. Dedico para ela e seus pequenos usuários essas linhas.
Fotos: Soraia Magalhães e Elizabeth da Silva
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