CASA DE LAS CONCHAS: PÁTIOS DE EXPOSIÇÕES
Já comentei sobre a Casa de Las Conchas em outro post, destacando sobretudo o espaço da Biblioteca, contudo tendo em vista que o lugar é tão especial, creio que vale a pena apontar outras nuances dessa fantástica edificação cultural de Salamanca.
Um elemento bastante significativo é que o edifício possui mais de 500 anos. É uma estrutura palaciana que contém elementos góticos e uma aura que instiga a imaginação.
Foi construído por volta de 1493-1517 para vivenda de personalidades abastadas da cidade. Sua fachada que contém mais de 300 conchas despertou sempre muita atenção e sobre esse aspecto, o site Versalamanca destaca que:
Foi construído por volta de 1493-1517 para vivenda de personalidades abastadas da cidade. Sua fachada que contém mais de 300 conchas despertou sempre muita atenção e sobre esse aspecto, o site Versalamanca destaca que:
No se sabe a ciencia cierta por qué motivo se cubrió de esta forma la fachada, pero hay dos teorías: una que dice que fue por pertenecer los Maldonado a la Orden de Santiago y otra que dice que fue una muestra de amor de Don Rodrigo a su esposa, cuya familia, los Pimentel, tenía como símbolo nobiliario la concha.
O certo é que vale a pena adentrar o ambiente, subir suas escadas para observar pequenos e grandes detalhes, inclusive se tem acesso a uma linda vista das torres de la Clerecia, fantástica edificação posicionada bem em frente.
Ainda sobre a fachada e as conchas, confesso que gosto de pensar na teoria do amor pois o ambiente propícia imaginar momentos românticos que podem ter havido ali em tempos tão remotos.
Nos dias atuais os pátios da Casa de Las Conchas sempre apresentam exposições. Para o turista, cansado de tanto percorrer as ruas da cidade é uma excelente oportunidade conhecer gratuitamente um espaço que oferece bancos para sentar e arte para apreciar.
...E dessa vez estava em exposição no pátio superior "Un lugar llamado Mundo" de Manuel Mata Atuse e Noemí Valiente Sánchez. Consistia em uma amostra de 21 fotografias de autoria de Manuel Mata sobre cidades como Lisboa, Madrid, Salamanca e outras.
Além das fotografias era possível acompanhar as reflexões de Noemí Valiente, sob o prisma das viagens ou das cidades, numa perspectiva que visava instigar o pensamento sobre o mundo a partir de ângulos experimentados.
Para esse post, ficam marcados os elementos dessa exposição, contudo para quem for visitar o lugar, certamente encontrará novas criações, novas experiências e sempre, bem ao lado o espaço da Biblioteca Pública de Salamanca, que merece também uma visita.
A imagem acima é uma entre as 21 em exposição de autoria de Manuel, ao fotografá-la, percebi que se mesclou ao ambiente e gostei muito desse resultado, a Casa de Las Conchas é um local que terei sempre o prazer de recordar.
Durante os dez dias que passei em Salamanca, fui por diversas vezes a Casa de Las Conchas e devo admitir que é um dos espaços que mais me encanta nessa cidade. No último dia de minha estada, tive o prazer de conhecer Ramona Domínguez, a diretora dessa casa que além de oferecer uma visita guiada, apresentou o trabalho de ousadia adotado do ponto de vista da classificação e organização do acervo.
É que na Casa de Las Conchas foram privilegiados "pontos de interesse", que fogem as regras tradicionais do Sistema de Classificação Decimal Universal (CDU), da forma que vem sendo feita, as obras se abrem bem mais aos olhos do grande público.
Encerro esse post agradecendo a José Antonio Frías (meu coordenador nos estudos de doutorado) que gerou a possibilidade de um contato mais estreito com a Casa de Las Conchas, por meio da atenção de Mª Ramona Domínguez Sanjurjo, diretora da Casa. Muito grata pela disponibilidade e tempo que nos foi dedicado.
Fotos: Soraia Magalhães
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