LÍNGUAS INDÍGENAS - COLÓQUIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECÁRIOS
No âmbito do XXXIII Colóquio Internacional de Bibliotecários, realizado em Guadalajara, México, que trouxe o tema Serviços de Informação para Grupos Vulneráveis, foi formada uma mesa intitulada "Línguas Indígenas", experiência valiosa por proporcionar a condição de pensarmos o que temos feito em prol dos povos indígenas.

Na oportunidade pude falar sobre parte da investigação que abarca mais de 50% dos municípios do Amazonas (e suas bibliotecas públicas). O estado, que reúne o maior quantitativo populacional indígena do Brasil, possui espaços que pouco podem ser considerados bibliotecas públicas e que não desenvolvem qualquer atenção voltada para atender as minorias linguísticas.
A experiência realizada no evento foi compartilhada com os seguintes participantes:
Coordenada por Maria Guadalupe Arredondo Ochoa, a mesa, contava com a participação de Gabriel Pacheco Salvador (México), que apontou aspectos sobre desenvolvimento das línguas indígenas e questões editoriais; bem como Daniel Canosa (Argentina), que apresentou um panorama sobre a biblioteca indígena em seu país e o papel desses espaços como representação de resistência, mas envoltas pelas perspectivas de descontinuidade.
De minha parte apresentei dados sobre a região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, onde os municípios de Tabatinga (não possui biblioteca pública), Atalaia do Norte (possui um depósito de livros) e Benjamin Constant (possui espaço de biblioteca, mas não desenvolve serviços), contudo foi apresentado também, dados sobre a presença do Museu Maguta, criado pela etnia Ticuna, espaço distante 230 metros da biblioteca, que destaca-se por dispor, além dos aspectos museológicos, também de uma pequena biblioteca especializada.
O tempo de 20 minutos para as apresentações passou voando e foi uma grande alegria chegar ao final confraternizando com os participantes com a ideia de que cada um ao seu modo estava ali lutando pelo tema da necessidade de inclusão das populações indígenas nos processos do acesso à informação e a preservação de seus conhecimentos.
Parabenizo aos bibliotecários Mexicanos por disporem de tão bonito evento e agradeço a toda a equipe do comitê organizador, em especial ao Dr. Sergio López Ruelas, Ana Gricelda Morán Guzmán e a Josue Chávez que estiverem em contato antes e durante todo o processo. Foram sempre muito amáveis.
Aproveito para agradecer também aos colegas bibliotecários e demais profissionais envolvidos, pois me senti muito acolhida nessa experiência que serviu como uma grande aula.
Guadalajara já está em minhas memórias como uma feliz oportunidade.
Aproveito para agradecer também aos colegas bibliotecários e demais profissionais envolvidos, pois me senti muito acolhida nessa experiência que serviu como uma grande aula.
Guadalajara já está em minhas memórias como uma feliz oportunidade.
Muito linda postagem e experiencia ...Parabens !!
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