BIBLIOTECA JOANINA: COIMBRA


Considerada uma das mais belas bibliotecas do mundo, a Biblioteca Joanina teve sua construção iniciada em 1717 e concluída em 1728. Está localizada no Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra e constitui o ponto alto do percurso turístico cultural oferecido pela Universidade composto pela Biblioteca, o Paço Real, a Capela de São Miguel, a Porta Férrea, o Colégio de Jesus e a Torre da Universidade.


Dentre tantas bibliotecas que conheci por meio do Caçadores de Bibliotecas, essa passou a ocupar a lista das marcantes devido a três motivos: primeiro por ser efetivamente belíssima, segundo, a visita foi feita com a bibliotecária Thalita Gama, do blog Santa Biblioteconomia e estávamos muito contentes e por fim, por termos conseguido registrar nossa passagem nesse lugar onde as imagens fotográficas são proibidas. 


O edifício da Biblioteca por fora é bonito, mas não se pode dizer que é daí que vem sua fama, é necessário adentrar suas portas para descobrir que o lugar efetivamente é uma joia.


Dividido em três pisos, na parte baixa, por onde se tem acesso por uma porta lateral, está localizada a Prisão Acadêmica que funcionou de 1773 até 1834. Perguntei ao jovem que nos recebeu quem poderia ter ficado preso ali e ele afirmou que a prisão era destinada aos estudantes, professores e a comunidade acadêmica.


O segundo espaço, chamado de Piso Intermédio foi local de trabalho de bibliotecários e pessoal que atuava no ambiente da Biblioteca, o espaço também funcionou como Casa da Guarda. Percebe-se que apesar de bonito e ornamentado em comparação ao que veríamos a seguir, era simples. 


Antes de comentar sobre o espaço nobre da Biblioteca, não posso deixar de registrar minha indignação quanto ao fato de não ser possível realizar registros fotográficos em ambientes de bibliotecas, posso enumerar vários casos em que tivemos que empreender muito esforço para produzir alguma imagem, no caso dessa biblioteca até é possível compreender, mas negativas sempre causam estranheza quanto a visão fechada sobre o objeto livro. 


Se chama Piso Nobre o lugar mais reluzente e tão marcadamente detalhado da Biblioteca Joanina. Construído em estilo barroco, cria a aparência de uma rica igreja adornada em ouro. Chamada no passado de Casa da Livraria, o espaço emociona qualquer apaixonado por bibliotecas. Sobre esse ambiente o site da Universidade de Coimbra aponta que: 
O Piso Nobre, terminado em 1728, começou a receber os primeiros livros depois de 1750, e actualmente o seu acervo é composto por cerca de 40.000 volumes. Toda a sua construção visa a conservação do acervo bibliográfico, desde a largura das paredes exteriores ás madeiras no interior. Ainda no auxílio à preservação dos livros, existem duas pequenas colónias de morcegos que protegem as coleções de insetos bibliófagos. Foi utilizado como local de estudo desde 1777 até meados do séc. XX, com a entrada em funcionamento da atual Biblioteca Geral.
As visitas à Biblioteca ocorrem por formações em grupos com horários marcados e a duração é relativamente pequena. Enquanto fazia a visita conversei com um dos senhores que cuida desta sala que apontou que os livros contidos na Joanina podem ser consultados por meio de solicitações e justificativas impressas, mas o solicitante utilizará o espaço da Biblioteca Geral para a leitura.


A visita a Biblioteca Joanina tocou forte a emoção, minha e de Thalita. Já estive diante de bibliotecas maravilhosas, inclusive da Universidade de Salamanca, do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, ou da Biblioteca da Universidade de Uppsala, na Suécia, mas posso dizer que a beleza da Biblioteca Joanina foi realmente surpreendente. A alegria estampada em nossos semblantes diz muito. 

Fotos: Thalita Gama e Soraia Magalhães

Comentários

  1. Quando voltares a Portugal tens de visitar a Biblioteca do palácio de Mafra (próxima de Lisboas9. outra grande preciosidade entre as Bibliotecas do Mundo.

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  2. Querido José Rosa, são tantas as preciosidades que quero visitar em Portugal, entre essas está a Biblioteca do Palácio de Mafra. Abraço

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