SALAMANCA, CIDADE PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE


Salamanca, na Espanha é efetivamente uma beleza! Declarada cidade Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1988, a cidade transpira história, cultura e toda a efervescência juvenil de uma cidade universitária.


O orgulho pela obtenção do título está presente não apenas em placas e letreiros, mas também na preservação dos espaços. O centro histórico de Salamanca é muito limpo e harmonioso. 


É a minha segunda visita a esta cidade e devo confessar que como da primeira vez, ainda me surpreendo com a majestosidade de sua Praça Maior, construída em estilo barroco. 


É uma ampla praça que dispõe de grande aparato comercial, restaurantes, lojas, sorveterias e outros. A noite, sua iluminação ganha um encanto misterioso e especial.


A Praça Maior é alardeada por grande quantidade de arcos, alguns dos quais dão seguimento para outras ruas que se abrem como oportunidades de encontro com bares, restaurantes e edifícios surpreendentes. 


Salamanca é conhecida com a Cidade Dourada, isso graças a cor dos edifícios que apresentam um tom especial decorrente do tipo de pedra utilizado na construção.



A cidade possui igrejas magníficas, além das mais importantes que são a Catedral Velha e a Nova, os caminhos nos levam geralmente a pequenas praças e igrejas, algumas suntuosas como a de Santo Estevão. Preciosas!


...E há também muitas estátuas. A da imagem acima se chama Monumento Al lazarillo de Tormes. Consiste em uma representação de personagens de uma novela espanhola que data de 1554, na qual não se tem informação sobre a autoria. 


Outra escultura que chama a atenção é Monumento a Alberto de Churriguera y a José del Castillo, Conde de Francos. Refere a algo sobre artificies da Praça Maior e os 250 anos de sua conclusão. (ver imagem acima).


Se quiser conhecer algo mais antigo do que as igrejas, casarões e praças, se pode seguir em busca da Ponte Romana, que cruza o Rio Tormes. O lugar é bonito e seu marco histórico pode ser do período em que viveu o imperador Trajano, século I dC, conforme apontam alguns historiadores.


Por que tantas pessoas olham a procura de algo na fachada da Universidade de Salamanca? A fachada, ricamente ornamentada, esconde um elemento em especial. Trata-se de um pequeno sapo que atrai a atenção de turistas e estudantes. Muitos buscam por pura curiosidade, outros porém visando atender ao que diz a lenda, de que quem encontrar a rana encontrará também sorte nos estudos.


Está posicionada em cima de um crânio e é conhecida como La rana de Salamanca, hoje em dia todos descobrem facilmente sua localização. A lenda ganhou força e a rana é um ícone querido. O comércio lucra bastante com essa simpática história. 

 

Muito da vida de Salamanca, gira em torno da Universidade que foi criada em 1218 por Alfonso IX de León. A cidade se orgulha de ter sido a primeira a ostentar o título na Europa. Tive a oportunidade de conhecer o ambiente interno de sua antiga biblioteca, em outra oportunidade contarei sobre a riqueza desse espaço.


De volta a cidade e ainda sobre bibliotecas, destaco na imagem abaixo, a Casa de las Conchas, edificação aonde está instalada a Biblioteca Pública da cidade. O belo edifício possui mais de 500 anos.


...Uma das peculiaridades da Casa de Las Conchas é que possui assoalho em madeira que provoca bastante ruído, contudo recebe muitos usuários que usufruem dos serviços e do ambiente sem se importar com essa particularidade. Comentei largamente sobre a biblioteca em outro post!


A cidade é cultural em todos os sentidos e possui por conseguinte várias livrarias. Na imagem acima, a foto da fachada de uma das que gostei, inclusive por seu nome Vitor Jara, por suas cores, vitrines e por estar a serviço por mais de 35 anos.  



Um dos aspectos que me levou a conhecer Salamanca foi o desejo de estudar em sua Universidade. O sonho se tornou realidade.

Encerro esse post com uma imagem feita no Monumento ao poeta Pepe Ledesma. A estátua está sentada junto a antiga muralha de Salamanca, dizem que ele costumava andar por esses lados em seus passeios. Como eu, que ando, ando e acabo me perdendo e encontrando muitas coisas por aqui. 


Fotos: Soraia Magalhães e Peter Janzon

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